sexta-feira, 25 de julho de 2008

Uma nova divisão territorial....................

Diante dos estudos baseados na divisão territorial do trabalho, notamos que ao longo da costa brasileira temos um maior contingente de indústrias, de acordo com o tempo esses territórios e estados foram mudando.
Hoje o Brasil é praticamente todo interligado e independente, uma região da outra, devido a descentralização das indústrias, e a tercerização de vários serviços. Com o avanço das tecnologias de comunicação, hoje temos nossos complexos industriais espalhados por todo o pais.
A nova divisão territorial do trabalho, segundo Ruy Moreira, vem dividir nosso território em quatro partes; Fronteiras Biológicas, Difusão da Agroindústria e indústria de não Duráveis, Complexo Agroindustrial e Polígono Industrial.
Sendo a que nos chama mais atenção é a região do Polígono Industrial que hoje, compreende, dos estados do Sudeste até o Sul do pais.
Essas regiões são regiões com um maior avanço tecnológico, e com isso maiores investimentos são repassados para toda região. Esses interesses são ligados também ao mercado de exportação de produtos industriais sofisticados, através de acordos como o MERCOSUL. Após a III revolução industrial, as indústrias pode procurar novos territórios para investimentos em suas pesquisas, produções, montagens e vendas, então, não se prendendo a uma só região.
Com isso outras regiões do Brasil foram beneficiadas, conforme as necessidades de cada setor industrial, desfragmentando regiões, hoje saturadas.
No planalto central brasileiro o complexo agroindustrial avança da região Sul para as fronteiras com a Amazônia.
Devido a proximidade com a tecnologia da região Sudeste e Sul, vizinhas, essa tecnologia se expande para a agricultura, possibilitando uma fusão agrícola mais a industrial.
Com a modernização agrícola, o país tende a incentivar a monocultura, e com isso globalizar pesquisas que possam gerar uma maior produção de produtos, como, soja, trigo, a melhor produção do gado de corte.
No decorrer dos anos podemos visualizar uma expulsão do trabalhador do campo para a cidade, ou converter esses trabalhadores em, trabalhador volante. Isso devido a modernização e o não aperfeiçoamento, ou falta de investimentos no pequeno produtor rural, pois a economia investe nas grandes produções, visando a exportação.
A Amazônia hoje é uma das áreas de maior cobiça mundial, na nova divisão territorial do trabalho, sua região compreende a chamada Fronteira Biológica, com avanço das fronteiras e de pesquisas e produção em seu território.
Essas fronteiras são relacionadas a produção agrícola, mineral e energética, mais voltada para a questão ambiental. É de suma importância um maior investimento em projetos brasileiros em seu território, pois hoje ela vem sendo ocupada e explorada por grandes grupos privados.
O desenvolvimento biotecnológico e a manipulação do DNA, vem criar especulações no território da Amazônia, pois hoje é a mais importante fronteira biotecnológica do planeta.

2 comentários:

Suely disse...

Interessante essa "divisão" colocada no seu texto!O crescimento econômico em direção ao interior do país-indústrias e agricultura, esta se beneficiando das pesquisas que melhoram a qualidade dos alimentos...para exportação. O mundo todo se interessando pela Amazônia e suas riquezas naturais. Para preservar?Será?Temos um histórico de exploração e destruição de bens e pessoas q vem lá de longe...e persiste.Disse o nosso presidente, outro dia: a Amazônia é dos brasileiros!E daí?Se não soubermos cuidar,vigiar e fazer cumprir as leis de proteção tudo aquilo vai passar para outras mãos(e outros bolsos), como a gente sabe q vem acontecendo(madeira,animais, plantas e o q mais é contrabandeado?)O que sobrar, vira carvão...Se for gente e se não tiver incentivos para que ao menos sobreviva em seu lugar de origem, corre o risco de virar favelado, sub empregado,esfomeado, nas cidades grandes.Penso q uma solução seria transformar cada estado em um país.Então?

Anônimo disse...

Ótimos esclarecimentos, Igor.

Boas reflexões, Suely Nunes.
Governos centrais tendem a unir culturas e beneficiar certas áreas em detrimento de outras. Entretanto, desde que bem constituído, com um decreto um governo consegue atingir todo um território. Ora, imagine se a questão da educação tivesse que ser debatida em cada estado? É muito mais fácil que um governo decrete por todos. É muito mais fácil que ele seja o direcionamento dos protestantes e dos bons eleitores, pois uma minoria exerce de fato a cidadania.
Bem, o verdadeiro motivo de se ter tentado dividir o Pará em dois foi justamente por motivos de corrupção. A fiscalização se torna menor e o poder fica na mão de mais pessoas.